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quinta-feira, 10 de junho de 2010

Quanto vale um abraço? - parte 2



Ontem recebi um e-mail de uma amiga querida comunicando sobre a morte de sua mãe. Na mesma hora liguei para dar um alô e dizer que mesmo distante estava junto.

É estranho dizer isso, mas é assim que dá para ser no momento, então tá bom, né?

Ou não?

O mundo virtual nos aproxima e distancia das pessoas na mesma velocidade. E eu não sei se estou numa fase sentimental demais, mas dói pensar e aceitar isso.

É incrível como a gente se acostumo com a ausência.

Nos atualizamos rapidamente sobre nossas vidas, contamos coisas boas, reforçei o convite para a festa do Samuca. Foram apenas 7:41 minutos de conversa. Nos prometemos nos ver, como sempre. (espero que a gente cumpra desta vez, viu?)

Mas quando desliguei o telefone me deu uma tristeza profunda, pois na verdade eu queria era lhe dar um abraço. O mesmo que ela me deu quando nos vimos após a morte do meu pai.

Ela me viu, me abraçou e chorou junto apenas. Foi rapidinho, tínhamos alunos nos esperando, mas valeu por tudo.

*Sim, este pedaço de carne risonho sou eu com meu pai. Ele faleceu tem quase 3 anos, e nem por isso virou santo. Tínhamos as nossas diferenças e mágoas. Mas independente disso, a alegria e o amor que esta foto me passa estão comigo até hoje.

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